Santos é tri da Libertadores.

23/06/2011 00:41

 

Santos vence Peñarol, repete 1962, faz história e é tricampeão da Libertadores

Os 40 mil torcedores que estiveram no Pacaembu na noite desta quarta-feira viram história. 49 anos depois de ser campeão da Copa Libertadores pela primeira vez ao derrotar o Peñarol, o Santos venceu novamente o time uruguaio na final, desta vez por 2 a 1, e conquistou o tricampeonato da América do Sul. Com gols de Neymar e Danilo, o time de 2011 repetiu o feito das lendárias equipes de 1962 e 1963.

Apesar do final feliz para o time da Baixada Santista, o duelo não foi fácil.

 

Depois de ter empatado o jogo de ida por 0 a 0 em Montevidéu, o Santos precisava apenas de uma vitória simples em São Paulo para levantar a taça. Nas arquibancadas, o mar branco de torcedores fez a sua parte desde antes de a bola rolar. Com camisas brancas, milhares de faixas com o nome do clube, sinalizadores vermelhos e muitos fogos de artifício, os torcedores fizeram um bonita festa no Pacaembu. Aos gritos de “vamos ser tri, Santos” vindos da torcida, os jogadores entraram em campo para transformarem a decisão histórica em um momento inesquecível para todos os santistas.

Com o terceiro título da Libertadores de sua história, o Santos iguala o São Paulo como o maior vencedor da competição sul-americana entre os brasileiros. O Peñarol continua com cinco conquistas, enquanto o recordista é o Independiente-ARG, com sete.

No final deste ano, o Santos vai disputar o Mundial de Clubes da Fifa, no Japão, e pode enfrentar na final o badalado Barcelona de Messi e companhia.

O jogo

O técnico Muricy Ramalho escalou o Santos com força máxima, com o meia Paulo Henrique Ganso de volta ao time titular. Com isso, assim como era previsto, Danilo foi deslocado do meio-campo para a lateral direita, já que Jonathan segue machucado.

Empurrado pela torcida, o Santos buscou o ataque desde o início e teve posse de bola bem superior ao adversário, mas encontrou dificuldades para furar o bloqueio defensivo. Ganso, disparado, foi o melhor em campo no primeiro tempo. De cabeça erguida e com passes precisos, o maestro alvinegro armou as melhores jogadas.

A primeira chance, aos 4 minutos, foi em uma cabeçada do zagueiro Durval, que acabou errando o alvo. Na primeira grande enfiada de bola de Ganso para Neymar, o atacante, pressionado pela marcação, não conseguiu chegar. Na segunda assistência perfeita de Ganso, aos 31, Neymar sairia na cara do gol, mas foi seguro pelo lateral Alejandro González, que levou o cartão amarelo. Elano cobrou a falta com perfeição, mas o goleiro uruguaio Sosa fez ótima defesa.

Na sequência, Neymar também mostrou as suas armas defensivas, exagerou na marcação e também foi punido com o amarelo, após dar uma solada em González. O lateral do Peñarol se machucou no lance e teve que ser substituído por Albín. Bem marcado, Neymar teve dificuldades para criar cercado de vários adversário na ponta esquerda.

Nas duas últimas oportunidades da equipe brasileira antes do intervalo, Léo chutou com perigo para fora e Durval cabeceou para a defesa de Sosa. Encolhido atrás, o Peñarol aproveitou-se dos momentos de nervosismo dos donos da casa para tentar ir à frente. Em um dos contragolpes, Martinuccio chutou à esquerda do gol de Rafael.

Mas o 0 a 0 provisório que poderia ser preocupante não durou muito no placar na segunda etapa. A apreensão deu lugar à alegria dos santistas logo. Aos 2 minutos, Ganso deu belo passe de calcanhar para Arouca, que arrancou em velocidade e enfiou na esquerda para Neymar, que entrou na área e chutou cruzado para balançar a rede. Foi o sexto gol do jovem atacante nesta Libertadores. A torcida alvinegra explodiu no Pacaembu e incendiou ainda mais o time.

Daí em diante, o Santos se soltou em campo e aproveitou melhor os espaços deixados pelos carboneros, que precisavam sair em busca do resultado. Então, aos 24 minutos, Danilo recebeu na direita, deu bom corte em Darío Rodríguez e chutou rasteiro para fazer o segundo gol alvinegro.

Muricy ainda trocou Léo por Alex Sandro, e Ganso, que saiu ovacionado, por Pará. Com a desvantagem, o Peñarol se lançou ao ataque e conseguiu diminuir aos 36 minutos. Após cruzamento de Estoyanoff, Durval marcou gol contra: 2 a 1.

Apesar da tentativa de pressão uruguaia, o Santos ainda teve outras chances de marcar, como em uma bola na trave de Neymar, segurou o resultado e comemorou o tricampeonato da Libertadores.

FICHA TÉCNICA:
SANTOS 2 X 1 PEÑAROL-URU

Local: Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo (SP) 
Data: 22 de junho de 2011, quarta-feira
Horário: 21h50 (horário de Brasília) 
Árbitro: Sergio Pezzota (Argentina) 
Assistentes: Ricardo Casas e Hernán Maidana (ambos da Argentina)
Cartões amarelos: Neymar e Zé Eduardo (SAN) Alexandro Gonzáles, Corujo e Dário Rodríguez (PEN)
Gols: Neymar, aos 2min, Danilo, aos 24min, e Durval (contra), aos 36min do 2° tempo

SANTOS: Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo
Técnico: Muricy Ramalho

PEÑAROL-URU: Sosa; Alejandro González (Albin) (Estoyanoff), Carlos Valdez, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier (Urretaviscaya); Martinuccio e Olivera
Técnico: Diego Aguirre.

 

*Matéria do espn.com.br

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