Prós e contras ( Porto Sul )

04/11/2011 08:58

Secretário de Portos explica prós e contras 
do Porto Sul começando pela importância dele para a Bahia e o Brasil. “Estamos dentro de um processo de globalização e quem se preparar para esse momento sairá ganhando. É o caso da Bahia, um Estado grandioso, cheio de riquezas minerais que tem de ser exportadas”. 
      “Precisamos de um porto offshore capaz de receber navios de grande porte”. Ele diz que existe um estudo de impactos sócio-econômicos para avaliar como será feita a distribuição das riquezas ao longo da ferrovia. “Ilhéus será largamente beneficiada porque faz parte do acesso ao porto”. porto sul
      Pela estimativa do estado, o porto público contará com 1.440 trabalhadores durante sua implantação e 1.300, parte em regime de turnos, quando em funcionamento. Já o terminal privado da Bamin empregará 1.120 na construção e 414 na operação. 
      O secretário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, Carlos Costa, explica que isso é só em empregos diretos, que em geral criam três indiretos para cada um. “Serão investidos cerca de R$ 2,6 bilhões, que também vão movimentar a economia regional”. 
      A previsão de conclusão da obra e entrada em operação depende da finalização das licenças ambientais. Caso as licenças saiam nas datas previstas, dentro de 24 meses o porto estará em operação, com uma área pública e outra privada. 
      Dois terminais 
      O porto privado pertence à Bamin, que usará para exportar sua produção de minério de ferro. Já o porto público servirá à Bahia e os estados vizinhos para exportar produtos como minério de ferro, soja, grãos, farelo, combustíveis, além dos insumos necessários para o desenvolvimento da região. 
      Carlos Cost explicou a mudança de local do porto, da Ponta da Tulha para Aritaguá. “Estudos preliminares apontarem algumas dificuldades relacionadas ao ecossistema e o governador Jaques Wagner orientou as secretarias para estudar profundamente as regiões circunvizinhas”. 
      Por isso foi feita a opção por Aritaguá, “região já completamente antropizada e favorável a implantação do complexo portuário”. Mas alguns cuidados serão tomados para evitar efeitos nocivos à APA da Lagoa Encantada/Rio Almada, que fica próxima. 
      “A implantação do empreendimento dificilmente afetará as unidades de conservação mais próximas ao empreendimento, por causa da distância da poligonal do porto dessas unidades, de barreiras naturais como o Rio Almada, de elevações topográficas do terreno. 
      “Também não há previsão de nenhum tipo de intervenção do empreendimento nas imediações dessas unidades de conservação”. O estado ainda vai incluir ações de gerenciamento, captação e tratamento de efluentes; controle de emissões de material particulado. 
      Haverá programas de monitoramento visando o controle da qualidade ambiental no entorno do projeto, nas fases de implantação e operação do empreendimento. Também está prevista a criação de uma área de proteção ambiental e uso sustentável, no antigo local (Ponta da Tulha). 
      Protestos 
      Sobre as manifestações contrárias à implantação do Porto Sul, Carlos Costa diz que na verdade os centros contrários localizam-se na Vila Juerana e no Assentamento Bom Gosto. “Estão feitos ajustes na poligonal para que estas comunidades sejam minimamente atingidas”. 
      “É importante observar que na Vila Juerana a questão foca-se nos loteamentos e condomínios habitacionais; e com relação ao Assentamento Bom Gosto, o relevante é a questão agrária, a ser resolvida com os assentados e o Incra”. 
      O Rima aponta que haverá impactos na linha da costa, com erosão ao norte da poligonal nos próximos dez anos. “Para mitigar esse impacto, o estado está fazendo estudos com as mais modernas técnicas do mundo, incluindo os impactos do Rio Almada”. 
      Como medidas de proteção da linha da costa estarão by pass (transferência) de areia do trecho de acumulação para o trecho onde ocorre erosão, uso de molhes, bermas de contenção existentes na área do Malhado. A prefeitura de Ilhéus também está envolvida no processo. 
      Depois de pronto, o Porto Sul deve movimentar grãos como a soja (5 milhões/ton. ano), ferro e carvão (60 milhões/ton. ano), siderurgia (5 milhões/ton. ano), fertilizantes (3 milhões/ton. ano), algodão (400.000/ton. Ano), além das cargas de outros estados. 

*Matéria do A Região

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